sexta-feira, 30 de outubro de 2020
"indios" - Legião Urbana - significado Análise da Letra #48 - Pensando Nisso.
fala amante da musica, hoje mais uma musica muito foda da Legião Urbana, que tem diversas lendas sobre seu significado, mas vou lhe contar a historia verdadeira! depois da vinheta eu conto pra vc!
[vinheta]
numa entrevista de Dado vila lobos ao site o globo, ele conta como foi a produção dessa musica no livro Memórias de um legionário:
dado explica que Inicialmente, a música não tinha letra, era uma linha melódica harmônica que o Renato tinha criado no teclado,o instrumental de 'Índios' tinha sido gravado e, quando o disco estava para ser fechado, o dado conta que renato escreveu a letra e Logo em seguida, abriu um microfone no estúdio 3 da EMI, gravou o vocal (lendo a letra) e perguntou para os companheiros se estava bom, dado disse que ficou ótimo, mesmo assim essa voz foi refeita algumas vezes pois renato ainda queria acertar a melodia então a musica teve mais alguns ajustes.
Quando o Renato começou a cantar a letra, as estrofes não encaixavam direito na base e extrapolavam o tempo da música. O produtor da legião teve então que inventar um final ali na hora, tirando subitamente a bateria, o baixo e os teclados, e inserindo o tema final do violão junto com o som de "ventania" do teclado
Vale ressaltar que o nome da musica ter aspas, tem um grande significado, ele coloca os índios como seres inocentes e puros na época em que salvaram Pedro alvares Cabral que estava perdido e parou onde conhecemos como porto seguro hoje, a intenção dessas embarcações portuguesas era chegar até a índia dando a volta no continente africano, talvez se não fosse essa ingenuidade dos indios, o Brasil seria outro! o "indios" é Renato Russo, isso é curioso, pois em varias musicas da legião renato usa personagens pra falar de si mesmo, pode até parecer egocentrismo, mas as letram tem um material tão vasto intelectual, que podemos interpretar de diversas formas. no caso de índios, pessoas ligadas a renato dizem que ele escreveu a musica apos uma tentativa de suicídio cortando os pulsos, o cantor sempre muito reservado disse apenas que foi acidente, não para se “matar nem nada. Foi frescura, estava bêbado” explicou ele na época.
Quem me dera ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro que entreguei a quem
Conseguiu me convencer que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha
nesse primeiro verso ele deixa claro a má intenção dos colonizadores com os indios, que entregaram o ouro sem saber o quão valioso aquilo era, apenas por achar belo por conta do brilho e das cores, como prova de amizade entregou de mão beijada, é o que Don Corleone faria, mas ao contrario dos pobres indios, que nada fizeram com a "recusa" de amizade dos indios, Vito daria um jeito de acabar com os interesses da trupe de Cabral.
[cena don corleone]
Renato faz uma analogia com a historia do brasil e sua realidade atual, onde demonstra metaforicamente o comportamento egoísta e mesquinho do ser humano, que só queria se aproximar de renato por interesse de fama e dinheiro.
Quem me dera ao menos uma vez
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano de chão
De linho nobre e pura seda
mais uma vez renato trabalha com a metáfora pra exemplificar a ingenuidade dos índios com relação a sua propiá ilusão de que havia amigos de verdade, que era brincadeira esse interesse velado nos bens matérias e não no homem amigo
Quem me dera ao menos uma vez
Explicar o que ninguém consegue entender
essa estrofe é bem curiosa pois pode se referir a "catequese religiosa" que os colonizadores trouxeram para os indios, impor uma religião, a um povo que acreditava na mãe natureza, essa metáfora explica os sentimentos depressivos de renato que ninguém consegue entender.
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente
os índios não tinham uma perspectiva de um futuro de evolução tecnológica de maquinas, estavam felizes com o cultivo do alimento proprio e vida tranquila e amigável entre seus pares, a historia se repete na revolução industrial, onde camponeses queriam viver sua vidas tranquilas e veio a industria para impor o trabalho escravo e o consumo desenfreado, nesse verso renato russo simplesmente quer dizer que as pessoas não querem mais o bem uma das outras como antigamente, é uma sociedade capitalista onde é cada um por si.
Quem me dera ao menos uma vez
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
Fala demais por não ter nada a dizer
renato queria poder provar que mesmo com todo o sucesso e riqueza, ele não era feliz, pois não tinha as coisas simples da vida, ele critica uma sociedade que sempre quer mais, que a cobiça domina e destrói, corpos vazios, mentes vazias, cheias de ego, mas sem nada a dizer.
Quem me dera ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
nesse verso vemos a alegoria do que era simples para os indios, para os colonizadores era o contrario, havia um interesse por trás na exploração do Brasil, Renato está falando que chegou num estagio da sua vida, em que queria mostrar para as pessoas que o singelo da vida é o mais importante, e não o egocentrismo de pessoas destrutivas.
Mas nos deram espelhos e vimos um mundo doente
mais uma metáfora muito bem colocada por renato russo, quando os colonizadores descobriram as riquezas do Brasil, a exploração foi devastadora, em "troca das terras", os colonizadores davam "presentes" como espelhos, colares, utensílios da época, justamente para escravizar, e em alguns casos extremos de tribos mais arredias eles matavam os indios de forma cruel para obter a terra.
Nesse caso a simbologia do espelho é que renato queria que as pessoas "olhassem para o próprio umbigo" pra ver o quanto vivemos num mundo louco: onde fazer o certo é errado, e fazer o errado é o certo.
Quem me dera ao menos uma vez
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
na doutrina cristã existe a santíssima trindade: o Pai, Filho e Espirito Santo.
essa é uma referencia as missões jesuítas que tentavam converter os índios, no caso Pai é Deus, O Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus, mas há um só Deus. Obviamente era confuso para o indio que acreditava na mãe natureza, entender que deus era uma unica coisa que denominava poder supremo para castigar os "pecadores" e levar as "pessoas boas" para o céu.
E esse mesmo Deus foi morto por vocês
Sua maldade, então, deixaram Deus tão triste
esse é um dos versos mais bonitos e coerentes dessa letra, dá até uma emoção de refletir sobre ela, o mesmo Deus que os homens brancos diziam amar, foi assassinado por "eles mesmos", então que amor é esse? Renato está explicando essa contradição pois se eles acreditam em Deus, essa divindade está realmente triste com a "deturpação das palavras de Deus", vale ressaltar que o brasil não foi colonizado de forma amistosa como descreve alguns livros de "historia", pois teve como maior aspecto a exploração da terra, pau brasil, e riquezas naturais que o Brasil tem até hoje, utilizavam mão-de-obra escrava dos mais fracos como indios nativos e africanos trazidos do continente vizinho, e os que resistiam eram mortos sem piedade.
A figura que renato quer representar é que ele está cansado de tanta falsidade, sua depressão só se agrava ao ver o quanto o ser humano pode ser mal.
Eu quis o perigo e até sangrei sozinho
aqui literalmente esta falando dele mesmo, sua tentativa de suicídio cortando os pulsos para sangrar sozinho.
Entenda
Assim pude trazer você de volta pra mim
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
aqui ele está se referindo a única resposta que ele poderia obter, de si próprio, pois sangrando sozinho ele entendeu que só ele poderia sair daquela situação, provavelmente uma referencia a fé que podemos ter em algo que vai nos fazer lutar contra a depressão.
E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi
provavelmente Renato fala do deus dos índios que seria a mãe natureza
Esse Deus entende a cura pro vício de insistir na saudade de tudo o que ainda não foi conhecido. É Deus quem entende essa "vontade de suicídio".
Muitas pessoas confundem o nome Tupã que significa trovão em tupi guarani como sendo o deus da cultura indígena. Novamente foi uma artimanha do colonizadores, essa ideia foi colocada pelos jesuítas, durante a epoca de catequização religiosa, ao verem os índios com medo do barulho do trovão, já que o fenômeno se tratava de algo desconhecido para eles, sendo associado ao divino ou místico, diziam que Deus estava com raiva dos índios, que eles deveriam seguir as ordens e desejos dos colonizadores pra não "despertar a ira" de Deus.
Quem me dera ao menos uma vez
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes
aqui talvez renato exalta a pureza e ingenuidade dos indios, ele gostaria de ver nossa sociedade com bons olhos, da mesma forma que os índios viram os colonizadores, como boas pessoas, perfeitas e felizes.
Quem me dera ao menos uma vez
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos obrigado
nesse verso percebo uma mistura de fé verdadeira em Deus, com a cobrança que os índios eram os donos dessa terra e isso foi tomado sem ao menos dizer um obrigado
Quem me dera ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado por ser inocente
escutando essa estrofe você mata a charada: Renato foi atacado e criticado por seus pensamentos, ideologias, crenças e modo de vida durante sua carreira.
fica claro então ligação entre russo e os indios, que foram atacadas pelo simples fato mesquinho dos interesses materiais que o Brasil tem de sobra, portanto renato é o indio e os colonizadores são a sociedade que oprime.
Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui
Ele fecha com chave de ouro enfatizando a questão da nossa sociedade ter se tornado doente por conta da ganancia, e finaliza que ele não pode nem sofre com tudo isso, pois a sociedade machista diz que homem não chora, renato era muito oprimido por ser homossexual.
espero que você tenha gostado dessa analise! clique em inscrever-se e depois clique no sinhinho pra receber todas as notificações do canal! toda quinta feira tem video novo!
Eu sou um grande fã da arte e poesia da Legião, e se vc assistiu até aqui é pq também curte o trampo deles, eu tenho um sonho, e eu acredito que você poderia me ajudar a realizar, é simples, só enviar o vídeo no direct do Insta deles, que é o @dadovillalobos e @marcelobonfa, pois seria uma honra saber que eles mesmos assistiram ao vídeo, e ter a opinião deles quem sabe?! E eu tenho certeza que se você me ajudar eles provavelmente vão assistir o video, então conto com você nessa! Desde já gratidão a vc que compartilhar! muito obrigado pela sua audiência, tchau
PIMENTA NOS OUTROS É REFRESCO!
Na faculdade de direito no qual cursei até o terceiro ano e meio, tive um professor de sociologia que à época defendia (até hoje defende) os bailes funks nas periferias. Segundo ele, os bailes funks eram os únicos momentos de lazer que os jovens de periferia tinham. Perguntei: "Professor, e se o senhor morasse na periferia e precisasse acordar 4 da manhã para trabalhar ou se tivesse filho recém nascido ou ainda uma mãe já de idade e não conseguisse dormir porque os "excluídos da sociedade" não deixassem vocês dormir, será que iria mesmo assim achar normal som alto, drogas e sexo explícito na porta da sua casa só por que eles precisam se divertir? Ficou sem jeito e tentou justificar o injustificável. Conclusão: Intelectuais (ou seriam pseudos intelectuais?) que falam do alto de seus luxuosos, pomposos e seguros apartamentos é sempre fácil, quero ver é viver na pele o que a população trabalhadora passa com esses lixos (para mim é lixo sim) de bailes funks fazendo uma zona na porta de suas casas. A questão é de respeito e não de classe social!
Sidney
A REDE GLOBO É IMPARCIAL? Eduardo facção central fala sobre Globo e Bolsonaro.
Essa é uma pergunta retórica, ou seja, que já se sabe a resposta. Não, a rede Globo não é e nunca foi uma emissora minimamente imparcial. Recentemente, explodiu nas grandes mídias o caso do jogador Robinho, acusado e já condenado em primeira instância na Itália por estupro coletivo contra uma mulher albanesa. As mídias, em especial a Globo, fizeram um furdunço em cima do caso no qual tudo indica que de fato o jogador praticou tal ato, aliás, covardia. O programa Fantástico fez uma verdadeira novela do caso. O comentarista Walter Casagrande que, aliás, também não é nenhum exemplo para a sociedade, pois sabemos do seu histórico, e o narrador Cleber Machado também da rede Globo, bateram forte e foram porta vozes contrários a contratação do jogador pelo Santos. Conclusão: Contrato suspenso até que se resolva definitivamente o caso já que ainda há recursos em instâncias superiores no tribunal italiano. Entretanto, a Globo é uma emissora suja e só passa o que lhe convém ou não passa o que lhe ataca. Marcus Mellen, humorista de sucesso da emissora que por muitos anos fez parceira com Leandro Hassun no programa humorista "Os caras de pau," foi acusado há há quase um ano (já até reincidiu contrato) por mais de 30 funcionárias e a atriz Dani Calabresa, de assédio moral e sexual sendo esse último de forma bastante virulenta e agressiva. Pergunta retórica novamente: Alguém viu o fantástico ou Sr. Walter Casagrande falarem alguma coisa? Eu não. Isso só mostra o quanto a Rede Esgoto, ops, Globo, de televisão (e aqui não tem nada haver com Bolsonaro que nem nele votei e provavelmente nunca votarei) é uma emissora que jamais busca a verdade e a justiça mostrando apenas o que lhe interessa. Que tal boicotar essa emissora? Fica a sugestão!
Sidney
A INTERNET NÃO É NEUTRA.
"Olha que cachorrinho mais lindo. Odeio o Bolsonaro. Amo o Bolsonaro. Fascista. Comunista caviar." Muitos tendem a acreditar que a internet, em especial as redes sociais, são neutras no que tange o nosso dia a dia. Para essas pessoas, os algoritmos tecnológicos nada mais são do que meros algoritmos sem nenhum interferência e pretensão. Uma curtida em uma foto na praia, um meme compartilhado e engraçado, comentários, etc, são apenas ações sem motivações. Só que isso é um grande equivoco para não dizer engano. A internet não é neutra no sentido de que não interfere em nossas relações e cosmovisões de mundo. Ela dita o que iremos comer, vestir, votar, na religião ou nas ideologias políticas que iremos acreditar, e por aí vai. A força que ela e suas subsidiárias (redes sociais) exercem sobre os indivíduos é gigantesca para não dizer avassaladora. Se você for um pouco mais antenado irá perceber claramente isso. Clique, por exemplo, em um site de busca e digite a palavra automóveis e, depois, vá em seu Instagram, Facebook ou twitter para vê se não irá aparecer opções de lojas de automóveis. É impressionante. Ou digite Lula livre, Bolsonaro mito e outros, e perceba a enxurrada de links que irão te levar para assuntos relacionados ao que digitou. O mais interessante (ou contraditório) é que os "profetas tecnológicos" diziam que a tecnologia veio para que pudéssemos ter mais tempo livres uns com os outros. Só que o que está acontecendo é justamente o contrário, ou seja, estamos cada vez mais isolados e distraídos em nossas bolhas. Aliás, um dos efeitos negativos da tecnologia é a sua capacidade de nos distrair. Um site aqui, uma foto ali, uma curtida acolá e sem perceber nosso dia já saiu do lugar. Conclusão: Não se nega a importância da tecnologia e das redes sociais. Hoje, é praticamente "impossível viver" sem elas. Elas tem seus múltiplos benefícios. No entanto, se não soubermos usá-la é certeza total que irão 100% nos controlar. Agora, a menos que alguém goste de ser tratado como um robô, aí já é outra história.
Sidney
"NÃO PRECISAMOS DE ESCOLAS."
Calma: Antes de criticar o título do texto, por favor, leia até o final. Recentemente, o ex jogador e artilheiro do São Paulo FC, Françoaldo Sena, popularmente conhecido como França, disse em entrevista que não pretende mais voltar a morar no Brasil (mora no Japão há quase 20 anos), porque lá se tem respeito, higiene e principalmente educação. A palavra que mais chamou atenção em sua fala foi justamente essa última, ou seja, educação. No Brasil é bastante comum ouvir dizer que precisamos de mais educação, que uma nação se constrói com mais investimento em escolas, universidades, cursos técnicos, etc., pois só assim o país se torna de primeiro mundo. Longe de discordar desse fato, a verdade é que, a meu ver, não é esse o tipo de educação que primordialmente necessitamos, mas sim a educação de valores e princípios. Tenho um livro (não terminei de ler), chamado: Capital Moral, de Roel Kuiper. O autor, filósofo e ex-senador do parlamento holandês, discorre em sua obra sobre a necessidade de termos mais capital moral. Por capital moral entende-se as relações não voltadas simplesmente por meio de contratos sociais, mas sim de pactos leais. Todos nós sabemos que a maioria das relações do ser humano ocidental/pós moderno, são em grande parte contratuais e não por meio de pactuais. Um exemplo simples não escrito no livro, mas deduzido por mim, eram os relacionamentos sociais feitos pelos mais antigos. Não havia tantos contratos para assegurar o cumprimento de um negócio, pois a palavra já bastava. Hoje, é praticamente impossível se fazer um negócio sem antes estar amparado juridicamente. Por quê? Porque as transações não são mais feitas com base em confiança, mas infelizmente em desconfiança. Isso significa evolução da sociedade? Não. É um retrocesso. É nessa tecla que o autor bate. Tal exemplo também serve para muitos outros, como, por exemplo, casamentos, relacionamentos entre pais e filhos, empregadores e empregados, políticos e população, etc. Sem essas capacidades morais, não adianta um ensino de qualidade ou quantidade de escolas, pois são elas que dão todo o sustento do tecido social. Fazendo uma analogia, não adianta muito uma rua ser apenas recapeada. É preciso ser definitivamente consertada. O mesmo vale para a educação. Não adianta a construção de mais escolas e universidades ou centros de pesquisa, se as relações sociais não forem feitas por meio de confianças e respeitos mútuos. Não se trata de moralismo no sentido hipócrita da coisa, mas de múltiplas reciprocidades. Enfim, a educação escolar só é eficiente no Japão porque a educação de valores é prioridade. E no Brasil se também não for assim, esquecem um país minimamente decente!
Sidney
BRASIL ANTES E PÓS BOLSONARO.
"Ah, que saudades de 2018 para trás." Tempo onde o nosso PIB era de 10% ao ano. Onde tínhamos uma saúde pública impecável e éramos atendidos em qualquer hospital com uma dignidade sem igual. "Ah, que saudades do tempo onde não havia violência, tráfico de drogas, racismo, xenofobismo, ou qualquer outro tipo de "ismo" em nossa sociedade." Tempo onde às crianças saíam para brincar nas ruas e os pais não se preocupam com bala perdida. "Ah, que saudades." Tempo onde às empresas buscavam pessoas em casa para trabalhar porque havia emprego a sobrar. Onde não existia desigualdade social, ricos, pobres e principalmente os políticos comiam bem e usavam o mesmo hospital. "Ah, que saudades." Mas tudo mudou à partir do momento em que no governo federal o fascista Bolsonaro entrou. De lá para cá tudo só piorou. Deixando de lado às ironias, parece que existia um país antes e hoje um depois de Bolsonaro. Longe de defende-lo, pois não tem o perfil de governo que particularmente desejo para meu país, verdade é que dá a entender de acordo com os "intelectuais almofadinhas e os pobres modinhas" que nos governos pós democracia de 1988 até 2018 o país vivia mil maravilhas. A hiperinflação de mais de 50% no governo Sarney nunca existiu. Collor de Mello e Dilma Rousseff nunca haviam sido impchimados, Luiz Inácio da Silva, popular Lula, não havia sido preso e condenado por corrupção. Mensalão, petrolão e dólares na cueca de senadores e deputados não passavam de ilusão. Sergio Cabral, Pezão, Antony Garotinho e Rosinha Garotinha, todos ex governadores do Rio de Janeiro, nunca haviam sido presos por corrupção e super faturamento. Enfim, nada de ruim no Brasil pré Bolsonaro existia. Só que não! Conclusão: Longe de defender o "messianismo bolsonarista" como os extremistas defendem, acreditar que antes de seu governo tudo funcionava bem, e portanto, o Brasil era um paraíso, é ser muito ingênuo para não chamar ninguém de muito de BURRO!
Sidney
ACEPÇÃO DE PESSOAS.
Mas quando deres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os mancos e os cegos; 14 e serás bem-aventurado; porque eles não têm com que te retribuir; pois retribuído te será na ressurreição dos justos. Lucas 14: 13;23.
Certa vez, na empresa que eu trabalhava houve uma pequena confraternização para os funcionários. O cardápio era pizza. Eu e um amigo fomos ao local indicado para comermos a nossa parte e pensando que poderíamos comer à vontade, perguntei para uma das funcionárias que estava organizando à festa se isso era verdade. Ela respondeu: "Não! A vontade é só para o grupo X de funcionários. "Vocês tem pedigree? "Brincando" e se referindo ao fato de que não éramos do auto escalão da empresa. Não acredito que ela quisesse realmente nos humilhar, mas sem sabedoria nos diminuiu. O mundo sempre foi assim também, ou seja, de acepção de pessoas. Tratar A melhor do que B só porque esse não é rico (a), bonito, famoso, líder ou poderoso, é um dos tristes "atributos" humanos e, infelizmente, todos nós tendemos a isso também. Uns mais e outros menos, mas todos intencional ou não selecionamos pessoas de acordo com o poder ou a influência que exercem. Jesus foi um revolucionário no sentido contrário disso. Não em um sentido marxista, comunista, socialista, anarquista, capitalista, etc, como muitos ingênuos acreditam, mas sim porque na sua época a cultura romana era bastante influenciada pelos gregos que valorizavam demasiadamente os mais fortes, belos, inteligentes e principalmente os mais vitoriosos e poderosos. E essa cultura ainda atravessa gerações. Presenciamos acepções em ambientes de trabalho, no seio familiar, na vizinhança, entre os políticos, nas religiões, aliás, falando em religião, C.S.Lewis dizia que dos homens maus, os homens maus religiosos são os piores. Por quê? Porque deduz-se que ser religioso é fazer o bem sem ver a quem. Enfim, embora concorde que há pessoas que são chatas independe da sua classe social/econômica, e por isso, acabam sendo evitadas, a acepção de pessoas é uma lamentável e triste chaga!
Sidney




