Fala amante da música tudo bem com você? Pensando sobre o feriado da
consciênc ia negra, eu trago uma música que na minha opinião é muito
importante pois sua letra prega o pertinente argumento de que somos
iguais, e critica de forma metafórica pessoas que tem preconceito com
seus semelhantes. O nome da canção vem da letra grega Phi, que
representa uma constante matemática chamada proporção áurea, que é
utilizada para estabelecer harmonia em formas geométricas, desenhos,
construções arquitetônicas etc. Abre aspas para o Gustavo Bertoni “Eu
estava lendo um livro sobre a razão áurea, e comecei a escrever sobre
isso. Para mim, é algo ligado à empatia, à união, à natureza e ao
momento que vivemos.” fecha aspas. Ficou curioso pra letra dessa música? Então depois da vinheta eu analiso a letra completa pra vc. [Vinheta] phi,
trata de igualdade, empatia e esperança. Ao contrário do que a banda já
fez anteriormente com músicas distópicas, como A Luz e a Sombra, aqui a
composição imagina uma utopia onde as diferenças de crença, raça e
orientação sexual são deixadas de lado para dar lugar ás nossas
semelhanças, dando condições para um mundo onde o medo e o ódio não
possuem espaço. A música resgata os instrumentais utilizados em XXIII
(23) – música que abre o DVD Ao Vivo em Brasília. No princípio os fãs da
banda criaram toda uma mitologia e teoria da conspiração entre essa
introdução do DVD e a música phi. As iniciais PHI são, assim,
transformado em Phi, este símbolo foi escolhido para dar uma referência à
filosofia e a sabedoria. https://youtu.be/M_7i9VlffHU
Agora vamos analisar os versos:
Já que o todo está para o maior Como o maior está o menor Entre razões, fórmulas e mais O que me difere de você?
Gustavo
começa com uma reflexão curiosa que culmina em uma pergunta que muitos
fazem, mas ninguém sabe realmente listar de maneira concreta diferenças
que justifiquem as pessoas tratarem de forma desigual sujeito A ou B.
Em perfeita simetria foi Construído templos e portões O que então pretende separar Se a harmonia em nós está
Novamente
o eu lírico argumenta sobre pq as pessoas insistem em separar pessoas
se a harmonia está em nós, ou seja, somos iguais...não devemos segregar
ser humano A de ser humano B.
Cor, credo e quem você ama Não importará, portas se abrirão Livre sambe, sambe então
O
refrão me remete a música Imagine do John Lennon, se vc quiser que eu
análise é só deixar nos comentários...imaginar um mundo livre de
preconceitos abriria portas para uma harmonia. Para algumas pessoas
colocar a palavra sambe pareceu tola e estranha para uma banda de Rock,
porem o contexto desse refrão remete a figura de linguagem do samba ser
um ritmo festivo de dança, então se pensarmos dessa forma sambar seria
uma metáfora pra ser feliz quando todos realmente entenderem que somos
iguais.
Algo em nós que recusamos ver Não somos o melhor que podemos ser Tentamos esconder e justificar Os traços que julgamos nos separar
Novamente
o argumentos do Bertoni são incisivos e quebram paradigmas de que
sermos iguais não significa que somos perfeitos, e os traços aqui me
parecem ter relação com etnia, que realmente não separa as pessoas, pq
fulana tem o nariz grande, ou é negro,ou tem o olho puxado, esses traços
não nos separam, somos iguais.
Cantamos: Medo é falsa proteção Raiva fere a razão Ódio em nós está Precisamos nos curar
As
vezes dizemos que temos medos pra ficar numa zona de conforto, e pelo
simples fato de não querer abrir a cabeça pra novas possibilidades, a
raiva ferir a razão me fez lembrar Michael Corleone naquela frase que
diz pra não odeie seus inimigos pois afeta o raciocínio, aqui no verso é
a mesma coisa, a raiva só atrapalha seu raciocínio, sua razão. Esse ódio intrínseco só nos trás coisas negativas, então o eu lírico propõem que devemos nos curar desse mal.
Algo em nós que recusamos ver Estamos longe do que devemos crer Seremos mais ao menos ser
Gustavo finaliza com uma excelente reflexão: esse preconceito enraizado
que muitos recusam a ver como ódio ou aversão ao seu semelhante, é de
fato estar muito distante de uma ideologia de igualdade entre nossa
espécie, então chegaremos a um nirvana a partir do momento que somos
iguais.
bom, eu espero que voce tenh gostado dessa analise, se
gostou não esqueça de deixar seu like, se inscrever e compartilhar com
os fãs da Scalene e para seu amigo que tbm gosta dessa canção, vou
ficando por aqui, na tela uma playlist com todos os rocks que eu já
analisei, clique pra assistir que está incrivel, muito obrigado pela sua
audiencia tchau!
Sem entrar no mérito jurídico do caso. Isso cabe aos especialistas do direito e demais estudiosos. Algumas coisas devem ficar claras:
NENHUM homem tem o direito de mexer com uma mulher na rua.
NENHUM homem tem o direito de assediar um mulher nos meios de transporte.
NENHUM homem tem o direito de estuprar uma mulher ainda que ela ande pelada.
Moralismo, religiosidade, pudor, etc, é outro tipo de debate!
Sidney
O tratamento
recebido por uma jovem durante o julgamento do homem que ela acusou de
estupro em Santa Catarina provocou indignação, reação do Conselho
Nacional de Justiça e críticas de ministros de tribunais superiores.
A blogueira Mariana Ferrer acusa o empresário André de Camargo Aranha
de tê-la estuprado em dezembro de 2018, em um camarim privado, durante
uma festa em um beach club em Jurerê Internacional, em Florianópolis. Ela tinha 21 anos e era virgem.
As únicas imagens recuperadas pela polícia mostram Mariana na companhia
do empresário. Ela suspeita que tenha sido drogada e que, por isso, não
sabe exatamente o que aconteceu. Nas roupas dela, a perícia encontrou
sêmen do empresário e sangue dela. O exame toxicológico de Mariana não
constatou o consumo de álcool ou drogas.
Mariana Ferrer — Foto: Reprodução
Em depoimento, André Aranha disse que fez sexo oral. A defesa do empresário diz que ele não estuprou Mariana.
Durante o processo, o promotor do caso foi transferido para uma outra
promotoria e o entendimento do novo promotor foi o de que o empresário
não teria como saber que Mariana não estava em condições de dar
consentimento à relação sexual, não existindo, assim, o dolo, a intenção
de estuprar. Essa conclusão do promotor está sendo chamada de "estupro
culposo". Aranha foi absolvido.
Ataques a blogueira durante julgamento sobre estupro provocam indignação
Na sentença, o juiz Rudson Marcos concluiu que não havia provas
suficientes para a condenação - só a palavra da vítima - e que, na
dúvida, preferia absolver o réu. A tese de um estupro sem dolo causou
espanto, assim como a atuação agressiva do advogado do empresário nas
audiências de instrução do processo.
O caso voltou à tona nesta terça-feira (3) depois que o site The
Intercept Brasil publicou o vídeo de uma audiência do caso em que o
advogado de defesa, Cláudio Gastão da Rosa Filho, exibe fotos sensuais
feitas por Mariana Ferrer quando era modelo profissional, definindo-as
como "ginecológicas"; ele afirma ainda que "jamais teria uma filha" do
"nível" de Mariana e, ao vê-la chorar, diz:
- Não adianta vir com esse teu choro dissimulado, falso e essa lábia de crocodilo.
É possível ver, no vídeo da audiência, que a jovem reclamou do interrogatório para o juiz.
“Excelentíssimo,
eu estou implorando por respeito, nem os acusados são tratados do jeito
que estou sendo tratada, pelo amor de Deus, gente. O que é isso?”, diz
ela.
O juiz avisa Mariana que vai parar a gravação - a audiência foi feita
por vídeoconferência - para que ela possa tomar água e pede para o
advogado manter um “bom nível”.
A defesa de Mariana Ferrer repudiou a sentença do Poder Judiciário
catarinense e reforçou que só a vítima pode afirmar se houve ou não
consentimento, não o promotor ou o juiz.
A Corregedoria Nacional de Justiça abriu investigação sobre a conduta do juiz Rudson Marcos durante audiência no processo.
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH)
declarou que manifesta-se em veemente repúdio ao termo "estupro culposo"
e que vai acompanhar os desdobramentos dos recursos apresentados pela
vítima.
O Ministério disse ainda que acompanha o caso desde 2019 e que já
enviou ofícios ao Conselho Nacional de Justiça, ao Conselho Nacional do
Ministério público, à OAB e ao Corregedor-Geral do Ministério Público de
Santa Catarina.
Em 9 de outubro, a Corregedoria Nacional do Ministério Público
instaurou reclamação disciplinar para apurar supostas irregularidades da
atuação do membro do Ministério Público do Estado de Santa Catarina. A
reclamação foi instaurada com base em representação feita pelo
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
O
ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes se manifestou sobre o
caso em uma rede social: "As cenas da audiência de Mariana Ferrer são
estarrecedoras. O sistema de Justiça deve ser instrumento de
acolhimento, jamais de tortura e humilhação. Os órgãos de correição
devem apurar a responsabilidade dos agentes envolvidos, inclusive
daqueles que se omitiram".
Senadores também se manifestaram. Fabiano Contarato (Rede-ES),
Alessandro Vieira (Cidadania-SE) disseram que entraram com representação
no CNJ sobre o caso. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) afirmou em uma
rede social que houve "humilhação". "Advogado e juiz rasgaram lei e
desonraram Justiça. MP alegou estupro culposo, tipificação inexistente.
Réu absolvido. Cuspida na cara das brasileiras, que exigem respostas".
Mara Gabrilli (PSDB-SP) escreveu em uma rede social: "Envergonha-me
viver em um país onde inventam até crimes para proteger criminosos.
Estupro culposo é uma aberração jurídica que só alimenta a impunidade. É
a covardia e o machismo prosperando no Brasil dos perversos poderosos".
Alvaro
Dias (Podemos-PR) afirmou que "causou revolta nas redes sociais o
julgamento em que o acusado de estupro de uma moça em Santa Catarina foi
inocentado sob alegação de que teria cometido um 'estupro culposo', uma
aberração que sequer existe no ordenamento jurídico. E pior: na
audiência, a vítima do estupro foi humilhada, assediada moralmente e
tratada pior do que um assassino por um advogado que agiu de forma
inescrupulosa, sexista e misógina".
A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) afirmou em rede social que
"As recentes revelações do caso Mari Ferrer mostram o quanto o machismo e
a misoginia estão impregnados nas instituições, sobretudo no
Judiciário".
O deputado Paulo Ganime (Novo-RJ) disse que "o caso da Mari Ferrer é
uma soma de absurdos. Desde a conduta dos 4 sujeitos presentes na cena
que assistimos no vídeo até a sentença que absolveu o réu 'criando' a
aberração do 'estupro culposo'. Estupro é estupro. E não existe
argumento que justifique tal crime".
Em nota, o advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho disse que "André de
Camargo Aranha inocente da acusação de estupro, acatando a alegação
final do Ministério Público e a tese da defesa para que fosse julgada
improcedente a denúncia contra André Aranha." Leia a íntegra:
“Não
podemos falar muito em respeito ao sigilo do Processo, mas gostaria de
esclarecer alguns pontos importantes sobre a matéria publicada pelo The
Intercept, que gerou uma onda massiva de comentários equivocados sobre o
caso.
O
magistrado considerou André de Camargo Aranha inocente da acusação de
estupro, acatando a alegação final do Ministério Público e a tese da
defesa para que fosse julgada improcedente a denúncia contra André
Aranha. Ou seja, os fatos foram completamente esclarecidos após
investigação policial e nos autos processuais, os quais constataram que
houve uma relação consensual entre duas pessoas e foi atestado que ambos
estavam com a sua capacidade cognitiva em perfeito estado, conforme
atestam os laudos e confirmam os peritos. É importante ressaltar que o
termo utilizado na matéria “estupro culposo” não é uma terminologia
jurídica existente, e em nenhum momento foi utilizado pelo magistrado.
O
caso foi tratado com a devida legitimidade pelo Ministério Público e
prestamos esse esclarecimento visando o combate à desinformação que
informações mal interpretadas, descontextualizadas e equivocadas podem
gerar”.
Leia a íntegra da nota divulgada pelo Ministério Público de Santa Catarina:
MPSC reafirma que réu foi absolvido por falta de provas por estupro de vulnerável
Não
é verdadeira a informação de que o Promotor de Justiça manifestou-se
pela absolvição de réu por ter cometido estupro culposo, tipo penal que
não existe no ordenamento jurídico brasileiro. Salienta-se, ainda, que o
Promotor de Justiça interveio em favor da vítima em outras ocasiões ao
longo do ato processual, como forma de cessar a conduta do Advogado, o
que não consta do trecho publicizado do vídeo.
A
23ª Promotoria de Justiça da Capital, que atuou no caso, reafirma que
combate de forma rigorosa a prática de atos de violência ou abuso
sexual, tanto é que ofereceu denúncia criminal em busca da formação de
elementos de prova em prol da verdade. Todavia, no caso concreto, após a
produção de inúmeras provas, não foi possível a comprovação da prática
de crime por parte do acusado.
Cabe
ao Ministério Público, na condição de guardião dos direitos e deveres
constitucionais, requerer o encaminhamento tecnicamente adequado para
aquilo que consta no processo, independentemente da condição de autor ou
vítima. Neste caso, a prova dos autos não demonstrou relação sexual sem
que uma das partes tivesse o necessário discernimento dos fatos ou
capacidade de oferecer resistência, ou, ainda, que a outra parte tivesse
conhecimento dessa situação, pressupostos para a configuração de crime.
Portanto,
a manifestação pela absolvição do acusado por parte do Promotor de
Justiça não foi fundamentada na tese de "estupro culposo", até porque
tal tipo penal inexiste no ordenamento jurídico brasileiro. O réu acabou
sendo absolvido na Justiça de primeiro grau por falta de provas de
estupro de vulnerável.
O
Ministério Público também lamenta a postura do advogado do réu durante a
audiência criminal, que não se coaduna com a conduta que se espera dos
profissionais do Direito envolvidos em processos tão sensíveis e
difíceis às vítimas, e ressalta a importância de a conduta ser
devidamente apurada pela OAB pelos seus canais competentes.
Salienta-se,
ainda, que o Promotor de Justiça interveio em favor da vítima em outras
ocasiões ao longo do ato processual, como forma de cessar a conduta do
Advogado, o que não consta do trecho publicizado do vídeo.
O
MPSC lamenta a difusão de informações equivocadas, com erros jurídicos
graves, que induzem a sociedade a acreditar que em algum momento fosse
possível defender a inocência de um réu com base num tipo penal
inexistente.
O mundo espera ansioso o resultado das eleições americanas. De um lado o atual presidente Donald Trump tentando a reeleição. Do outro, Joe Biden tenta chegar pela primeira vez a Casa Branca. Dizem que Trump representa a extrema direita e Joe à esquerda ou os chamados progressistas. Se tais esteriótipos ideológicos são verdadeiros não dá para saber totalmente (ou dá?). O que se sabe é que a depender do resultado isso terá um forte impacto no Brasil já que o nosso atual presidente da República Jair Bolsonaro é declaradamente um aliado de Trump.
Foi um sociólogo alemão, podemos considerar ele um dos pais da sociologia. Weber
cresceu em meio as mudanças drásticas em seu pais causado pela
revolução industrial, o crescimento rápido das cidades e das indústrias,
a elite formada pelos donos dessas grandes indústrias substituem o
poder aristocrático, Weber passou sua vida observando essas mudanças, e a
partir desse aprendizado empírico ele destaca pontos chave para
entendermos o funcionamento do capitalismo. 1 - Por que o Capitalismo existe? De
bate pronto poderíamos responder que o capitalismo surge do
desenvolvimento e dá tecnologia, especificamente naquela época com os
motores a vapor. Entretanto Weber trás uma visão diferente, eu eu diria
até mais interessante: O que tornou o capitalismo possível foi um
conjunto de ideias religiosas, e não qualquer religião, o capitalismo
foi criado pela religião protestante, mais especificamente pelo
Calvinismo. na sua obra "a ética protestante e o espírito capitalista"
de 1905. Nesse livro Weber construiu argumentos do porque acreditava que
o protestantismo cristão foi peça fulcral no desenvolvimento do
capitalismo. I - O protestantismo te faz sentir culpado. Weber
analisa que os católicos são sortudos, pois podem cometer seus pecados e
se confessarem regularmente para serem "limpos" pelos padres. Essa
purificação no entanto não está disponível para os protestantes. Eles
acreditam que apenas Deus pode perdoar alguém, e isso não vai acontecer
até o dia do juízo final. Até lá Weber argumenta, protestantes guardam
altos níveis de ansiedade por pensar nessa necessidade vitalícia de
provar que são pessoas de bem a um Deus severo que vê tudo, sem falar
nada. II - Deus gosta de trabalho duro. Na visão de Weber o
sentimento de culpa era direcionado para obsessão em trabalho duro. Isso
Weber classificou como: A Ética de Trabalho Protestante. Os pecados
do homem só podiam ser pagados através de uma labuta constante. Não
coincidentemente os protestantes tinham bem menos festivais e dias de
descanso. Na cabeça deles Deus não gostava de tempo livre. III - Todo trabalho é sagrado. Na
religião católica os trabalhos considerados sagrados eram apenas de
padres, monges e freiras, entretanto os protestantes declaravam que todo
tipo de trabalho poderia ser em nome de Deus, até mesmo trabalhos como
gari ou engenheiro, isso trouxe uma moral e seriedade para qualquer
profissão. IV - É a Comunidade, e não a família que conta. Em
países de maioria católico podemos perceber que a família é a base de
tudo, um exemplo é O Poderoso Chefão, em que a cultura italiana de
família é muito forte, não é a toa que Roma é o local de mais potencial
católico pela presença do Papa, que é considerado o líder mundial da
igreja católica. Já os protestantes não viam a família como a principal
base, a família poderia ser um refugio para atitudes negativas como ser
mesquinho ou egoísta. Os primeiros protestantes começaram a disseminar a
ideia de que deveríamos utilizar nossas energias para a comunidade em
geral, priorizando o macro onde todos deveriam viver com justiça e
dignidade. V - Não existe milagres. O protestantismo e o
capitalismo científico, não acreditavam nos milagres, Weber chamou isso
de "desencantamento do mundo", em vista disso, eles não consideravam que
a prosperidade era fruto de misteriosas vontades de Deus, ser rico ou
pobre só dependia do trabalho duro do homem, por não acreditar em
milagres, eles buscaram nas ciências a explicação e o entendimento das
mudanças, o que obviamente incentivou as investigações e descobertas
científicas que esporadicamente, traziam evoluções significativas para
tecnologia. Aos olhos de Weber esses cinco fatores foram fundamentais para a concretização do Capitalismo. Karl
Marx afirmava que religião era o opio da massa, uma droga inofensiva
para quem consumia, mas que induzia os fiéis a aceitação passiva dos
horrores do capitalismo.
[se você quiser saber mais sobre Marx deixe nos comentários] - texto na tela
Entretanto
Weber virou essa premissa do Marx de ponta cabeça, dizia ele que as
pessoas não engoliam o capitalismo por causa da religião, na verdade
elas só se tornaram capitalistas por consequência da religião
2 - Como desenvolver o Capitalismo pelo mundo?
Ao
redor do mundo existem mais de 35 países que tem o capitalismo bem
desenvolvido, ele talvez funciona melhor na Alemanha onde Weber começou
suas observações, mas nas 161 nações restantes, o capitalismo não está
tão bem assim. Isso é razão para grande perplexidade e angustia,
milhares de dólares são transferidos das partes ricas para as partes
pobres. Contudo uma analise Weberiana vai apontar que dar dinheiro para
os pobres não é uma solução funcional, pois a principio o problema não é
só dinheiro. Para Weber países que não são bem sucedidos com o
capitalismo estão ligados a falta de ansiedade e culpa suficiente,
explico melhor: Eles creem num milagre que vai vir até eles, e festejam o
"presente", sem pensar no "amanha"...é como vc que fez uma divida maior
que seu salário e espera que um milagre não acabe com sua saúde
financeira. Fora a questão de "roubar" a Comunidade para dar a sua
família, que é o que vemos todos os dias em boa parte da nossa classe
política. Favorecer seus pares corruptos em detrimento da população que
paga impostos e pouco tem de retorno.
Nos dias atuais se alguém
pergunta-se para Weber como expandir o capitalismo no Brasil, ele diria
para focar no que hoje é equivalente a religião, que é a cultura, porque
é por intermédio das atitudes de uma nação, esperanças e um sentido pra
vida que uma economia pode florescer ou afundar. Já na questão da
redução da pobreza e consequentemente na redução da desigualdade social,
Weber diria para começar no campo das ideias, por exemplo o Banco
mundial e o FMI não deveriam financiar a África subsaariana, na visão
Weberiana, com dinheiro e tecnologia, mas sim com novos pontos de vista.
A questão central para uma economia não deveria ser a taxa de inflação
mas o que é apresentado na TV de noite que normalmente são programas de
entretenimento barato.
3 - Como podemos mudar o mundo?
Weber
escreveu na era das revoluções, e ele também queria que as coisas
mudassem, porem ele acreditava que era necessário primeiramente entender
como funciona o poder político. Na visão de Weber a humanidade passou por 3 tipos diferentes de poder: As
sociedades antigas funcionavam com o que ele chamou de "Autoridade
Tradicional" que era a forma de os Reis ludibriar o povo com folclore e
divindade para justificar o seu poder. Depois veio a "Autoridade
Carismática" onde um indivíduo heroico como Napoleão Bonaparte poderia
subir ao poder por conta desse carisma magnético, ou seja, um líder que
atrai o povo e o respeita mudando tudo por meio de sua paixão e força de
vontade. No entanto Weber descreve uma terceira era de poder
conhecida como "Autoridade Burocrática": Um burocrataca consegue seu
poder através do conhecimento, o burocrata sabe como as coisas
funcionam, e essas coisas levariam anos pra alguém da massa compreender,
e por consequência a maioria de nós desistiria, o que é extremamente
útil para o poder estabelecido. O domínio dos burocratas tem enorme
implicação para qualquer um que almeja mudar uma nação, alterar sua
engrenagem sólida de poder, no Brasil e no mundo existe uma crença
compreensível, mas equivocada de que só precisamos trocar de líder, como
vemos de quatro em quatro anos na presidência. Mas na realidade remover
o líder quase nunca teve o impacto que se esperava, pois o presidente é
só uma parte dessa grande engrenagem de poder. Se desejamos que as
coisas melhorem, muitas coisas precisam ser feitas, desde processos
internos, burocráticos e menos dramáticos, ela pode vir de evidencias
estatísticas, relatórios detalhados a ministros, testemunhos a comissões
legislativas e revisões precisas das finanças publicas. Weber nos
mostra como o poder funciona agora, e nos lembra que ideias podem ser
muito mais importantes que ferramentas ou dinheiro na mudança das
nações. Sua tese é muito significante, com Weber aprendemos que muito
do que associamos com forças externas vastas e impessoais, é na
verdade, dependente em algo fundamentalmente intimo e, quem sabe, mais
maleável: O pensamentos em nossa cabeça