sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Phi - Scalene - Consciência Negra significado Analise da Letra #130 pensando nisso

 

 


Fala amante da música tudo bem com você? Pensando sobre o feriado da consciênc ia negra, eu trago uma música que na minha opinião é muito importante pois sua letra prega o pertinente argumento de que somos iguais, e critica de forma metafórica pessoas que tem preconceito com seus semelhantes.
O nome da canção vem da letra grega Phi, que representa uma constante matemática chamada proporção áurea, que é utilizada para estabelecer harmonia em formas geométricas, desenhos, construções arquitetônicas etc.
Abre aspas para o Gustavo Bertoni “Eu estava lendo um livro sobre a razão áurea, e comecei a escrever sobre isso. Para mim, é algo ligado à empatia, à união, à natureza e ao momento que vivemos.” fecha aspas.
Ficou curioso pra letra dessa música? Então depois da vinheta eu analiso a letra completa pra vc.
[Vinheta]
phi, trata de igualdade, empatia e esperança. Ao contrário do que a banda já fez anteriormente com músicas distópicas, como A Luz e a Sombra, aqui a composição imagina uma utopia onde as diferenças de crença, raça e orientação sexual são deixadas de lado para dar lugar ás nossas semelhanças, dando condições para um mundo onde o medo e o ódio não possuem espaço. A música resgata os instrumentais utilizados em XXIII (23) – música que abre o DVD Ao Vivo em Brasília. No princípio os fãs da banda criaram toda uma mitologia e teoria da conspiração entre essa introdução do DVD e a música phi. As iniciais PHI são, assim, transformado em Phi, este símbolo foi escolhido para dar uma referência à filosofia e a sabedoria.
https://youtu.be/M_7i9VlffHU

 
Agora vamos analisar os versos:

Já que o todo está para o maior
Como o maior está o menor
Entre razões, fórmulas e mais
O que me difere de você?

Gustavo começa com uma reflexão curiosa que culmina em uma pergunta que muitos fazem, mas ninguém sabe realmente listar de maneira concreta diferenças que justifiquem as pessoas tratarem de forma desigual sujeito A ou B.

Em perfeita simetria foi
Construído templos e portões
O que então pretende separar
Se a harmonia em nós está

Novamente o eu lírico argumenta sobre pq as pessoas insistem em separar pessoas se a harmonia está em nós, ou seja, somos iguais...não devemos segregar ser humano A de ser humano B.

Cor, credo e quem você ama
Não importará, portas se abrirão
Livre sambe, sambe então

O refrão me remete a música Imagine do John Lennon, se vc quiser que eu análise é só deixar nos comentários...imaginar um mundo livre de preconceitos abriria portas para uma harmonia. Para algumas pessoas colocar a palavra sambe pareceu tola e estranha para uma banda de Rock, porem o contexto desse refrão remete a figura de linguagem do samba ser um ritmo festivo de dança, então se pensarmos dessa forma sambar seria uma metáfora pra ser feliz quando todos realmente entenderem que somos iguais.

Algo em nós que recusamos ver
Não somos o melhor que podemos ser
Tentamos esconder e justificar
Os traços que julgamos nos separar

Novamente o argumentos do Bertoni são incisivos e quebram paradigmas de que sermos iguais não significa que somos perfeitos, e os traços aqui me parecem ter relação com etnia, que realmente não separa as pessoas, pq fulana tem o nariz grande, ou é negro,ou tem o olho puxado, esses traços não nos separam, somos iguais.

Cantamos:
Medo é falsa proteção
Raiva fere a razão
Ódio em nós está
Precisamos nos curar

As vezes dizemos que temos medos pra ficar numa zona de conforto, e pelo simples fato de não querer abrir a cabeça pra novas possibilidades, a raiva ferir a razão me fez lembrar Michael Corleone naquela frase que diz pra não odeie seus inimigos pois afeta o raciocínio, aqui no verso é a mesma coisa, a raiva só atrapalha seu raciocínio, sua razão.
Esse ódio intrínseco só nos trás coisas negativas, então o eu lírico propõem que devemos nos curar desse mal.

Algo em nós que recusamos ver
Estamos longe do que devemos crer
Seremos mais ao menos ser

Gustavo finaliza com uma excelente reflexão: esse preconceito enraizado que muitos recusam a ver como ódio ou aversão ao seu semelhante, é de fato estar muito distante de uma ideologia de igualdade entre nossa espécie, então chegaremos a um nirvana a partir do momento que somos iguais.

bom, eu espero que voce tenh gostado dessa analise, se gostou não esqueça de deixar seu like, se inscrever e compartilhar com os fãs da Scalene e para seu amigo que tbm gosta dessa canção, vou ficando por aqui, na tela uma playlist com todos os rocks que eu já analisei, clique pra assistir que está incrivel, muito obrigado pela sua audiencia tchau!



quarta-feira, 4 de novembro de 2020

ESTUPRO É ESTUPRO (Justiça para Mariana Ferrer)ataques a blogueira durante julgamento sobre estupro provocam indignação.




Sem entrar no mérito jurídico do caso. Isso cabe aos especialistas do direito e demais estudiosos. Algumas coisas devem ficar claras:

NENHUM homem tem o direito de mexer com uma mulher na rua.

NENHUM homem tem o direito de assediar um mulher nos meios de transporte.

NENHUM homem tem o direito de estuprar uma mulher ainda que ela ande pelada.

Moralismo, religiosidade, pudor, etc, é outro tipo de debate!

Sidney 


O tratamento recebido por uma jovem durante o julgamento do homem que ela acusou de estupro em Santa Catarina provocou indignação, reação do Conselho Nacional de Justiça e críticas de ministros de tribunais superiores.

A blogueira Mariana Ferrer acusa o empresário André de Camargo Aranha de tê-la estuprado em dezembro de 2018, em um camarim privado, durante uma festa em um beach club em Jurerê Internacional, em Florianópolis. Ela tinha 21 anos e era virgem.

As únicas imagens recuperadas pela polícia mostram Mariana na companhia do empresário. Ela suspeita que tenha sido drogada e que, por isso, não sabe exatamente o que aconteceu. Nas roupas dela, a perícia encontrou sêmen do empresário e sangue dela. O exame toxicológico de Mariana não constatou o consumo de álcool ou drogas.

Mariana Ferrer — Foto: Reprodução

Mariana Ferrer — Foto: Reprodução

Em depoimento, André Aranha disse que fez sexo oral. A defesa do empresário diz que ele não estuprou Mariana.

O inquérito policial concluiu que o empresário havia cometido estupro de vulnerável, quando a vítima não tem condições de oferecer resistência. O Ministério Público denunciou o empresário à Justiça.

Durante o processo, o promotor do caso foi transferido para uma outra promotoria e o entendimento do novo promotor foi o de que o empresário não teria como saber que Mariana não estava em condições de dar consentimento à relação sexual, não existindo, assim, o dolo, a intenção de estuprar. Essa conclusão do promotor está sendo chamada de "estupro culposo". Aranha foi absolvido.

Ataques a blogueira durante julgamento sobre estupro provocam indignação

Ataques a blogueira durante julgamento sobre estupro provocam indignação

Na sentença, o juiz Rudson Marcos concluiu que não havia provas suficientes para a condenação - só a palavra da vítima - e que, na dúvida, preferia absolver o réu. A tese de um estupro sem dolo causou espanto, assim como a atuação agressiva do advogado do empresário nas audiências de instrução do processo.

O caso voltou à tona nesta terça-feira (3) depois que o site The Intercept Brasil publicou o vídeo de uma audiência do caso em que o advogado de defesa, Cláudio Gastão da Rosa Filho, exibe fotos sensuais feitas por Mariana Ferrer quando era modelo profissional, definindo-as como "ginecológicas"; ele afirma ainda que "jamais teria uma filha" do "nível" de Mariana e, ao vê-la chorar, diz:

- Não adianta vir com esse teu choro dissimulado, falso e essa lábia de crocodilo.

É possível ver, no vídeo da audiência, que a jovem reclamou do interrogatório para o juiz.

“Excelentíssimo, eu estou implorando por respeito, nem os acusados são tratados do jeito que estou sendo tratada, pelo amor de Deus, gente. O que é isso?”, diz ela.

O juiz avisa Mariana que vai parar a gravação - a audiência foi feita por vídeoconferência - para que ela possa tomar água e pede para o advogado manter um “bom nível”.

A defesa de Mariana Ferrer repudiou a sentença do Poder Judiciário catarinense e reforçou que só a vítima pode afirmar se houve ou não consentimento, não o promotor ou o juiz.

A Corregedoria Nacional de Justiça abriu investigação sobre a conduta do juiz Rudson Marcos durante audiência no processo.

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) declarou que manifesta-se em veemente repúdio ao termo "estupro culposo" e que vai acompanhar os desdobramentos dos recursos apresentados pela vítima.

O Ministério disse ainda que acompanha o caso desde 2019 e que já enviou ofícios ao Conselho Nacional de Justiça, ao Conselho Nacional do Ministério público, à OAB e ao Corregedor-Geral do Ministério Público de Santa Catarina.

Em 9 de outubro, a Corregedoria Nacional do Ministério Público instaurou reclamação disciplinar para apurar supostas irregularidades da atuação do membro do Ministério Público do Estado de Santa Catarina. A reclamação foi instaurada com base em representação feita pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes se manifestou sobre o caso em uma rede social: "As cenas da audiência de Mariana Ferrer são estarrecedoras. O sistema de Justiça deve ser instrumento de acolhimento, jamais de tortura e humilhação. Os órgãos de correição devem apurar a responsabilidade dos agentes envolvidos, inclusive daqueles que se omitiram".

Senadores também se manifestaram. Fabiano Contarato (Rede-ES), Alessandro Vieira (Cidadania-SE) disseram que entraram com representação no CNJ sobre o caso. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) afirmou em uma rede social que houve "humilhação". "Advogado e juiz rasgaram lei e desonraram Justiça. MP alegou estupro culposo, tipificação inexistente. Réu absolvido. Cuspida na cara das brasileiras, que exigem respostas".

Mara Gabrilli (PSDB-SP) escreveu em uma rede social: "Envergonha-me viver em um país onde inventam até crimes para proteger criminosos. Estupro culposo é uma aberração jurídica que só alimenta a impunidade. É a covardia e o machismo prosperando no Brasil dos perversos poderosos".

Alvaro Dias (Podemos-PR) afirmou que "causou revolta nas redes sociais o julgamento em que o acusado de estupro de uma moça em Santa Catarina foi inocentado sob alegação de que teria cometido um 'estupro culposo', uma aberração que sequer existe no ordenamento jurídico. E pior: na audiência, a vítima do estupro foi humilhada, assediada moralmente e tratada pior do que um assassino por um advogado que agiu de forma inescrupulosa, sexista e misógina".

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) afirmou em rede social que "As recentes revelações do caso Mari Ferrer mostram o quanto o machismo e a misoginia estão impregnados nas instituições, sobretudo no Judiciário".

O deputado Paulo Ganime (Novo-RJ) disse que "o caso da Mari Ferrer é uma soma de absurdos. Desde a conduta dos 4 sujeitos presentes na cena que assistimos no vídeo até a sentença que absolveu o réu 'criando' a aberração do 'estupro culposo'. Estupro é estupro. E não existe argumento que justifique tal crime".

Em nota, o advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho disse que "André de Camargo Aranha inocente da acusação de estupro, acatando a alegação final do Ministério Público e a tese da defesa para que fosse julgada improcedente a denúncia contra André Aranha." Leia a íntegra:

“Não podemos falar muito em respeito ao sigilo do Processo, mas gostaria de esclarecer alguns pontos importantes sobre a matéria publicada pelo The Intercept, que gerou uma onda massiva de comentários equivocados sobre o caso.

O magistrado considerou André de Camargo Aranha inocente da acusação de estupro, acatando a alegação final do Ministério Público e a tese da defesa para que fosse julgada improcedente a denúncia contra André Aranha. Ou seja, os fatos foram completamente esclarecidos após investigação policial e nos autos processuais, os quais constataram que houve uma relação consensual entre duas pessoas e foi atestado que ambos estavam com a sua capacidade cognitiva em perfeito estado, conforme atestam os laudos e confirmam os peritos. É importante ressaltar que o termo utilizado na matéria “estupro culposo” não é uma terminologia jurídica existente, e em nenhum momento foi utilizado pelo magistrado.

O caso foi tratado com a devida legitimidade pelo Ministério Público e prestamos esse esclarecimento visando o combate à desinformação que informações mal interpretadas, descontextualizadas e equivocadas podem gerar”.

Leia a íntegra da nota divulgada pelo Ministério Público de Santa Catarina:

MPSC reafirma que réu foi absolvido por falta de provas por estupro de vulnerável

Não é verdadeira a informação de que o Promotor de Justiça manifestou-se pela absolvição de réu por ter cometido estupro culposo, tipo penal que não existe no ordenamento jurídico brasileiro. Salienta-se, ainda, que o Promotor de Justiça interveio em favor da vítima em outras ocasiões ao longo do ato processual, como forma de cessar a conduta do Advogado, o que não consta do trecho publicizado do vídeo.

A 23ª Promotoria de Justiça da Capital, que atuou no caso, reafirma que combate de forma rigorosa a prática de atos de violência ou abuso sexual, tanto é que ofereceu denúncia criminal em busca da formação de elementos de prova em prol da verdade. Todavia, no caso concreto, após a produção de inúmeras provas, não foi possível a comprovação da prática de crime por parte do acusado.

Cabe ao Ministério Público, na condição de guardião dos direitos e deveres constitucionais, requerer o encaminhamento tecnicamente adequado para aquilo que consta no processo, independentemente da condição de autor ou vítima. Neste caso, a prova dos autos não demonstrou relação sexual sem que uma das partes tivesse o necessário discernimento dos fatos ou capacidade de oferecer resistência, ou, ainda, que a outra parte tivesse conhecimento dessa situação, pressupostos para a configuração de crime.

Portanto, a manifestação pela absolvição do acusado por parte do Promotor de Justiça não foi fundamentada na tese de "estupro culposo", até porque tal tipo penal inexiste no ordenamento jurídico brasileiro. O réu acabou sendo absolvido na Justiça de primeiro grau por falta de provas de estupro de vulnerável.

O Ministério Público também lamenta a postura do advogado do réu durante a audiência criminal, que não se coaduna com a conduta que se espera dos profissionais do Direito envolvidos em processos tão sensíveis e difíceis às vítimas, e ressalta a importância de a conduta ser devidamente apurada pela OAB pelos seus canais competentes.

Salienta-se, ainda, que o Promotor de Justiça interveio em favor da vítima em outras ocasiões ao longo do ato processual, como forma de cessar a conduta do Advogado, o que não consta do trecho publicizado do vídeo.

O MPSC lamenta a difusão de informações equivocadas, com erros jurídicos graves, que induzem a sociedade a acreditar que em algum momento fosse possível defender a inocência de um réu com base num tipo penal inexistente.

DONALD TRUMP X JOE BIDEN.




O mundo espera ansioso o resultado das eleições americanas. De um lado o atual presidente Donald Trump tentando a reeleição. Do outro, Joe Biden tenta chegar pela primeira vez a Casa Branca. Dizem que Trump representa a extrema direita e Joe à esquerda ou os chamados progressistas. Se tais esteriótipos ideológicos são verdadeiros não dá para saber totalmente (ou dá?). O que se sabe é que a depender do resultado isso terá um forte impacto no Brasil já que o nosso atual presidente da República Jair Bolsonaro é declaradamente um aliado de Trump.

Sidney

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Resumo Max Weber - A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo

 

 

 

Max Weber - 1864 


Foi um sociólogo alemão, podemos considerar ele um dos pais da sociologia.
Weber cresceu em meio as mudanças drásticas em seu pais causado pela revolução industrial, o crescimento rápido das cidades e das indústrias, a elite formada pelos donos dessas grandes indústrias substituem o poder aristocrático, Weber passou sua vida observando essas mudanças, e a partir desse aprendizado empírico ele destaca pontos chave para entendermos o funcionamento do capitalismo.
1 - Por que o Capitalismo existe?
De bate pronto poderíamos responder que o capitalismo surge do desenvolvimento e dá tecnologia, especificamente naquela época com os motores a vapor. Entretanto Weber trás uma visão diferente, eu eu diria até mais interessante: O que tornou o capitalismo possível foi um conjunto de ideias religiosas, e não qualquer religião, o capitalismo foi criado pela religião protestante, mais especificamente pelo Calvinismo. na sua obra "a ética protestante e o espírito capitalista" de 1905. Nesse livro Weber construiu argumentos do porque acreditava que o protestantismo cristão foi peça fulcral no desenvolvimento do capitalismo.
I - O protestantismo te faz sentir culpado.
Weber analisa que os católicos são sortudos, pois podem cometer seus pecados e se confessarem regularmente para serem "limpos" pelos padres. Essa purificação no entanto não está disponível para os protestantes. Eles acreditam que apenas Deus pode perdoar alguém, e isso não vai acontecer até o dia do juízo final. Até lá Weber argumenta, protestantes guardam altos níveis de ansiedade por pensar nessa necessidade vitalícia de provar que são pessoas de bem a um Deus severo que vê tudo, sem falar nada.
II - Deus gosta de trabalho duro.
Na visão de Weber o sentimento de culpa era direcionado para obsessão em trabalho duro. Isso Weber classificou como: A Ética de Trabalho Protestante.
Os pecados do homem só podiam ser pagados através de uma labuta constante. Não coincidentemente os protestantes tinham bem menos festivais e dias de descanso. Na cabeça deles Deus não gostava de tempo livre.
III - Todo trabalho é sagrado.
Na religião católica os trabalhos considerados sagrados eram apenas de padres, monges e freiras, entretanto os protestantes declaravam que todo tipo de trabalho poderia ser em nome de Deus, até mesmo trabalhos como gari ou engenheiro, isso trouxe uma moral e seriedade para qualquer profissão.
IV - É a Comunidade, e não a família que conta.
Em países de maioria católico podemos perceber que a família é a base de tudo, um exemplo é O Poderoso Chefão, em que a cultura italiana de família é muito forte, não é a toa que Roma é o local de mais potencial católico pela presença do Papa, que é considerado o líder mundial da igreja católica. Já os protestantes não viam a família como a principal base, a família poderia ser um refugio para atitudes negativas como ser mesquinho ou egoísta. Os primeiros protestantes começaram a disseminar a ideia de que deveríamos utilizar nossas energias para a comunidade em geral, priorizando o macro onde todos deveriam viver com justiça e dignidade.
V - Não existe milagres.
O protestantismo e o capitalismo científico, não acreditavam nos milagres, Weber chamou isso de "desencantamento do mundo", em vista disso, eles não consideravam que a prosperidade era fruto de misteriosas vontades de Deus, ser rico ou pobre só dependia do trabalho duro do homem, por não acreditar em milagres, eles buscaram nas ciências a explicação e o entendimento das mudanças, o que obviamente incentivou as investigações e descobertas científicas que esporadicamente, traziam evoluções significativas para tecnologia.
Aos olhos de Weber esses cinco fatores foram fundamentais para a concretização do Capitalismo.
Karl Marx afirmava que religião era o opio da massa, uma droga inofensiva para quem consumia, mas que induzia os fiéis a aceitação passiva dos horrores do capitalismo.

[se você quiser saber mais sobre Marx deixe nos comentários] - texto na tela

Entretanto Weber virou essa premissa do Marx de ponta cabeça, dizia ele que as pessoas não engoliam o capitalismo por causa da religião, na verdade elas só se tornaram capitalistas por consequência da religião

2 - Como desenvolver o Capitalismo pelo mundo?

Ao redor do mundo existem mais de 35 países que tem o capitalismo bem desenvolvido, ele talvez funciona melhor na Alemanha onde Weber começou suas observações, mas nas 161 nações restantes, o capitalismo não está tão bem assim. Isso é razão para grande perplexidade e angustia, milhares de dólares são transferidos das partes ricas para as partes pobres. Contudo uma analise Weberiana vai apontar que dar dinheiro para os pobres não é uma solução funcional, pois a principio o problema não é só dinheiro.
Para Weber países que não são bem sucedidos com o capitalismo estão ligados a falta de ansiedade e culpa suficiente, explico melhor: Eles creem num milagre que vai vir até eles, e festejam o "presente", sem pensar no "amanha"...é como vc que fez uma divida maior que seu salário e espera que um milagre não acabe com sua saúde financeira. Fora a questão de "roubar" a Comunidade para dar a sua família, que é o que vemos todos os dias em boa parte da nossa classe política. Favorecer seus pares corruptos em detrimento da população que paga impostos e pouco tem de retorno.

Nos dias atuais se alguém pergunta-se para Weber como expandir o capitalismo no Brasil, ele diria para focar no que hoje é equivalente a religião, que é a cultura, porque é por intermédio das atitudes de uma nação, esperanças e um sentido pra vida que uma economia pode florescer ou afundar.
Já na questão da redução da pobreza e consequentemente na redução da desigualdade social, Weber diria para começar no campo das ideias, por exemplo o Banco mundial e o FMI não deveriam financiar a África subsaariana, na visão Weberiana, com dinheiro e tecnologia, mas sim com novos pontos de vista. A questão central para uma economia não deveria ser a taxa de inflação mas o que é apresentado na TV de noite que normalmente são programas de entretenimento barato.

3 - Como podemos mudar o mundo?

Weber escreveu na era das revoluções, e ele também queria que as coisas mudassem, porem ele acreditava que era necessário primeiramente entender como funciona o poder político.
Na visão de Weber a humanidade passou por 3 tipos diferentes de poder:
As sociedades antigas funcionavam com o que ele chamou de "Autoridade Tradicional" que era a forma de os Reis ludibriar o povo com folclore e divindade para justificar o seu poder.
Depois veio a "Autoridade Carismática" onde um indivíduo heroico como Napoleão Bonaparte poderia subir ao poder por conta desse carisma magnético, ou seja, um líder que atrai o povo e o respeita mudando tudo por meio de sua paixão e força de vontade.
No entanto Weber descreve uma terceira era de poder conhecida como "Autoridade Burocrática": Um burocrataca consegue seu poder através do conhecimento, o burocrata sabe como as coisas funcionam, e essas coisas levariam anos pra alguém da massa compreender, e por consequência a maioria de nós desistiria, o que é extremamente útil para o poder estabelecido. O domínio dos burocratas tem enorme implicação para qualquer um que almeja mudar uma nação, alterar sua engrenagem sólida de poder, no Brasil e no mundo existe uma crença compreensível, mas equivocada de que só precisamos trocar de líder, como vemos de quatro em quatro anos na presidência. Mas na realidade remover o líder quase nunca teve o impacto que se esperava, pois o presidente é só uma parte dessa grande engrenagem de poder. Se desejamos que as coisas melhorem, muitas coisas precisam ser feitas, desde processos internos, burocráticos e menos dramáticos, ela pode vir de evidencias estatísticas, relatórios detalhados a ministros, testemunhos a comissões legislativas e revisões precisas das finanças publicas.
Weber nos mostra como o poder funciona agora, e nos lembra que ideias podem ser muito mais importantes que ferramentas ou dinheiro na mudança das nações.
Sua tese é muito significante, com Weber aprendemos que muito do que associamos com forças externas vastas e impessoais, é na verdade, dependente em algo fundamentalmente intimo e, quem sabe, mais maleável: O pensamentos em nossa cabeça